COMPARATIVO DOS REVESTIMENTOS DE OURO SOBRE NÍQUEL E BRONZE BRANCO POR ENSAIOS ELETROQUÍMICOS
02 de março de 2021

COMPARATIVO DOS REVESTIMENTOS DE OURO SOBRE NÍQUEL E BRONZE BRANCO POR ENSAIOS ELETROQUÍMICOS

Pesquisa sempre foi importante para o desenvolvimento da industria, eu sempre apoiei a troca de experiências da industria com o mundo academico. Este artigo foi escrito em 2013 e está editado na Revista Tratamento de Superfície Edição 178 de Março/Abril, link abaixo, confira também outros assuntos que eram temas discussão na época.

 

https://www.portalts.com.br/revista/tratamento-de-superficie/ed178

 

Atualmente, eletrodeposições de ouro e suas ligas são amplamente utilizadas industrialmente, tanto para fins decorativos quanto técnicos. O ouro como revestimento galvânico tem grandes vantagens pela possibilidade da aplicação de camadas com espessuras variadas, alto poder de cobertura de uma superfície, além de uma qualidade técnica e aparência indiscutivelmente superior.  A aplicação de revestimentos de ouro para a produção de bijuterias é utilizada com os metais como base o ferro, o latão, tomback,  zamack e outras ligas. Como o ouro eletrodepositado reflete a condição de brilho e nivelamento do substrato, são empregadas camadas intermediárias de cobre e níquel que melhoram a qualidade do substrato.                                    

 

Produtos intermediários entre a bijuteria e a jóia, denominados primeiramente “chapeado mecânico”, depois, “chapeado galvânico” e, por fim, “folheados à ouro”, têm como objetivo denominar peças com espessuras de camadas de ouro tão altas que seriam como folhas de ouro cobrindo a bijuteria. Este produto inicialmente era oferecido com espessuras de camadas de ouro muito altas, dando às peças uma qualidade superior.

 

Hoje, há cada vez mais empresas oferecendo estes produtos e aplicando menores espessuras  da camada de ouro. A conseqüência são produtos iguais na aparência com espessuras diferentes de ouro e preços desordenados. A situação fica agravada com estudos realizados na França na década de 90, reportando que cerca de 27% das mulheres e 11% dos homens tem o níquel como causa de processos alérgicos na pele (MORETTI, G; et.al.- 2001). O uso do níquel é proibido na França e nos países da comunidade Européia (European Standart E1810:1998) devido a problemas de alergia, conhecidos como dermatite de contato com o níquel. A alergia ocorre em presença de íons de níquel os quais podem ser liberados no meio por corrosão ao contato com o suor do usuário.

 

A corrosão das superfícies tratadas com revestimento de ouro ocorre quando finas camadas de ouro são expostas a atmosferas corrosivas, como umidade e calor;  tendo como conseqüência  a oxidação dos produtos do substrato, como cobre,  expostos através da difusão do material do substrato na superfície do ouro.   Foi investigada a resistência à corrosão de níquel ou bronze com revestimentos de ouro através de ensaios eletroquímicos incluindo curvas de polarização potenciodinâmica e espectroscopia de impedância eletroquímica em solução de fosfato tamponado (PBS). Os revestimentos avaliados foram os de ouro (23,7K)  sobre o substrato de latão com camada

 

Medidas de potencial de circuito aberto – bases de níquel e bronze branco

 

Após 20 horas de imersão,  as amostras testadas apresentavam estabilidade de potencial (estacionariedade) necessária para a realização dos ensaios de impedância. A Figura 1 mostra a variação de potencial e estabilidade das duas bases, de níquel e de bronze, antes do recobrimento de ouro. É observado o maior potencial da base bronze em relação à base de níquel.

 

WILMA AYAKO TAIRA DOS SANTOS

WILMA AYAKO TAIRA DOS SANTOS

Possui graduação de Bacharel em Ciências com Habilitação em Química e Atribuições Tecnológicas pela Faculdade de São Bernardo do Campo (FASB), 1980. É Mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP) - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), 2011. Atua na ABTS - Associação Brasileira de Tratamentos de Superfície desde 1994, foi presidente na gestão 2010-2012, foi coordenadora do EBRATS 2015 - 15º Encontro Brasileiro de Tratamentos de Superfície e IV INTERFINISH Latino Americano, foi Diretora Cultural nas gestões 2004-2006 e 2007-2009, atualmente é vice Diretora Cultural. É consultora técnica e representante comercial.

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