Dez recomendações para dar banho de ouro nas bijuterias e jóias folheadas
04 de janeiro de 2021

Dez recomendações para dar banho de ouro nas bijuterias e jóias folheadas

Gestão eficiente da galvanoplastia para banhar bijuterias e joias “folheadas” Na edição 221 de Outubro/20, publicamos um artigo que procura dar orientações para quem tem interesse em começar a banhar bijuterias ou jóias folheadas a ouro, o artigo completo está nas páginas 21-26 da revista no link abaixo: https://b8comunicacao.com.br/ts-online/ Introdução Desde os tempos mais remotos as joias produzidas com metais preciosos como o ouro e prata, são objetos de desejo e representavam poder e condição financeira que somente as classes sociais muito abastadas podiam ter acesso. Tudo mudou quando nos anos 70, surgiu no mercado objetos produzidos com metais mais baratos e com camadas de ouro na superfície dando ao objeto a mesma aparência de uma joia genuína produzida com os metais preciosos. A importância do tratamento galvânico neste segmento foi de uma verdadeira revolução aos usos e costumes, propiciou a população geral a condição de usar objetos de adorno muito parecidos às tradicionais joias.  A partir daí, bijuterias e joias “folheadas” com altas camadas de ouro foram se popularizando de tal forma que hoje ocupam um mercado permanente junto com o da moda têxtil, formando um complemento indispensável ao estilo e comportamento do indivíduo. A indústria de bijuterias ou de joias percorrem o mesmo trajeto na sua produção, ou seja: sua criação; moldagem; fundição ou estampa e acabamento, sendo que na indústria de bijuterias se agrega ainda a linha galvânica onde se dá a aparência  final desejada: de ouro; prata; ródio; grafite e outros. A qualidade e o valor final do produto dependem do design cuja criatividade ilimitada é fundamental; do critério de escolha dos metais usados na base ou núcleo da bijuteria; do tratamento; dos banhos galvânicos utilizados e da espessura da camada de ouro adicionada na peça. No Brasil essa indústria se destacou desde o inicio a partir de 3 grandes polos de produção de bijuterias e “folheados” que ficam na região de Guaporé- RS;  Juazeiro do Norte-CE e Limeira–SP, este último que aqui destacamos pela força de produção e desenvolvimento a partir do apoio da FIESP (Federação das Industria do Estado de São Paulo) que na década de 90 teve a iniciativa de organizar o cluster limeirense, através de um projeto denominado Arranjo Produtivo Local que ainda contou com o apoio do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e BRADESCO; além de incentivos do setor público e privado como a CETESB (Companhia Ambiental de São Paulo); IBGM (Instituto de Gemas e Metais Preciosos); CIESP (Centro das Industrias do Estado de São Paulo); ALJ (Associação Limeirense de Joias); SINDIJOIAS (Sindicato da Industria Joalheira) e outros. Esforço conjunto que consagrou a cidade de Limeira como a “Capital Nacional da Joia Folheada”, publicado no Diário Oficial da União em 10/1/2018. A formação de cluster, (termo usado para designar aglomeração de empresas do mesmo setor em uma localidade geográfica),  formam uma cadeia produtiva em que cada um produz uma parte ou prestam serviços aos produtores. Veio da necessidade de cooperação entre as empresas buscando obter vantagens de minimização de custos, melhoria da qualidade, rapidez na cadeia produtiva e competividade que individualmente não conseguiriam. Desta forma existe a possibilidade de um comprador adquirir peças brutas, semi-acabadas (sem tratamento galvânico) como anéis, correntes, pingentes, tarraxas, pulseiras, etc.; de diversos produtores especializados em cada um destes produtos; usar prestadores de serviço para fazer as montagens e ainda outro prestador para banhar ou dar acabamento galvânico. Desta forma faz parte da cadeia produtiva do setor: fabricantes de peças semi-acabadas; de equipamentos; serviços de solda; usinagem; ferramentaria; estamparia; fundição e tratamento galvânico; todas estas modalidades mobilizam uma grande quantidade de empresas de porte médio, pequeno e microempresas, gerando emprego, renda e desenvolvimento na região. Tratamento Galvânico das Bijuterias e Joias Folheadas Nesta imensa quantidade de fornecedores de peças, tão variadas que irão constituir a montagem final da bijuteria ou joia folheada, além dos muitos acessórios importados que agregam este produto geram para o fornecedor do serviço galvânico um trabalho adicional e muito criterioso para saber qual tratamento dar para o material. Desta forma iremos discorrer sobre os cuidados a tomar antes de banhar peças que muitas vezes compõem uma bijuteria: mais de um metal, por exemplo pingente de zamac, elo de latão, corrente de tombac, peças plásticas metalizadas e ainda acessórios como pedras naturais e sintéticas; perolas naturais e sintéticas, adereços plásticos e outros. Diferente por exemplo de montadoras de veículos que também juntam peças de dezenas de fabricantes para a montagem de um carro e o fazem com um planejamento muito organizado e antecipado levando anos até o lançamento de um veículo, o uso de cada item, desde um parafuso até de um dispositivo eletrônico muito sofisticado; são submetidos a processos de testagem até serem especificados e homologados. Na indústria de bijuterias o ciclo de um produto que antes era de uma estação do ano, agora é de semanas e a velocidade na criação do design e na confecção das peças e o custo que elas chegam ao mercado; além da concorrência externa; não permitem este controle. Também a facilidade de juntar partes de peças e montar sua bijuteria, mandar banhar em um prestador de serviço, fizeram muitos leigos entrar no mercado e o processo de aprendizagem quase sempre é pela tentativa e erro. Dez recomendações para dar banho nas bijuterias e joias “folheadas” Cabe ao prestador do serviço galvânico ou responsável pelo setor galvânico da fábrica de bijuterias fazer a avaliação do produto a ser banhado e analisar como será o processo de limpeza, pré-tratamento e tratamento desta superfície tão diversa. O objetivo desta publicação é orientar e dar um norte aos que querem banhar bijuterias, são 10 recomendações que certamente a grande maioria já se atentam, mas vale sempre lembrar e irão ajudar a fazer melhor análise do material a ser banhado, evitando assim discordâncias futuras: Veja quais são as dez recomendações no artigo completo https://b8comunicacao.com.br/ts-online/
WILMA AYAKO TAIRA DOS SANTOS

WILMA AYAKO TAIRA DOS SANTOS

Possui graduação de Bacharel em Ciências com Habilitação em Química e Atribuições Tecnológicas pela Faculdade de São Bernardo do Campo (FASB), 1980. É Mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP) - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), 2011. Atua na ABTS - Associação Brasileira de Tratamentos de Superfície desde 1994, foi presidente na gestão 2010-2012, foi coordenadora do EBRATS 2015 - 15º Encontro Brasileiro de Tratamentos de Superfície e IV INTERFINISH Latino Americano, foi Diretora Cultural nas gestões 2004-2006 e 2007-2009, atualmente é vice Diretora Cultural. É consultora técnica e representante comercial.

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