Olimpíadas de 2020 realizadas no Japão tiveram medalhas produzidas através de materiais reciclados
05 de agosto de 2021

Olimpíadas de 2020 realizadas no Japão tiveram medalhas produzidas através de materiais reciclados

As medalhas são o símbolo da maior conquista que um atleta pode desejar e o ouro o mais cobiçado dos metais nobres representa a sua importância, seguido da prata e do bronze.

As medalhas são o símbolo da maior conquista que um atleta pode desejar e o ouro o mais cobiçado dos metais nobres representa a sua importância, seguido da prata e do bronze. Segundo noticiado no site da Japan House cada medalha de ouro pesa em torno de 556 gramos, sendo que está recoberta com 6 gramos de ouro; a de prata é maciça e a de bronze com uma liga 95/5% cobre e zinco respecticamente. As medalhas foram confeccionadas através de uma campanha de materiais reciclados de eletrônicos, foram mais de 6 milhões de aparelhos eletrônicos doados pelos japoneses.

De acordo com o site Japan House“o comitê olímpico do país coletou aproximadamente 32 quilos de ouro, 3.500 quilos de prata e 2.200 quilos de bronze. Os materiais vieram de mais de 6 milhões de câmeras digitais, celulares, videogames e laptops. Cerca de 1.300 instituições educacionais e 2.100 lojas de eletrônicos do país apoiaram a iniciativa”. (site:Japan House)

“A parte interativa não parou aí. Houve um concurso nacional para que artistas e designers enviassem suas ideias para as novas medalhas olímpicas. Foram mais de 400 contribuições até que a cúpula do evento decidisse por um conceito que retratasse a ideia de que, para alcançar a glória, os atletas devem lutar diariamente.”(site:Japan House)

“O design escolhido para as medalhas chama atenção pelos padrões de luz e brilho. De acordo com os responsáveis pelo “Tokyo 2020 Medal Project”, a luminosidade simboliza o resplendor caloroso da amizade e remete à imagem de pessoas de todo o mundo com as mãos dadas. Já as faixas que envolvem ouro, prata e bronze são feitas com fibras de poliéster recicladas e procuram se assemelhar aos padrões tradicionais dos quimonos japoneses.”(site:Japan House)

No site não é explicado mas, certamente as medalhas de ouro que originalmente foram confeccionadas em prata e depois receberam acabamento com 6 gramos de ouro devem ter sido por meios eletrolíticos de tratamento de superfície, ou seja por processo galvânico.

Continua a explicação do site Japan House: “Ícone máximo do esporte, as medalhas de ouro são, em Tóquio, um pouco mais pesadas que as demais: possuem 556 gramas, enquanto as de prata e bronze pesam 550 e 450 gramas, respectivamente. Cada medalha de ouro tem mais de 6 gramas de ouro banhados em prata. Já a de prata é feita totalmente de prata, enquanto a de bronze é 95% cobre e 5% zinco.” (site:Japan House)

Para o designer das medalhas, Junichi Kawanishi, que é também diretor da Osaka Design Society, o processo de fabricação das medalhas visa mostrar ao mundo a importância de reciclar pequenos eletrônicos como celulares e computadores, uma parte fundamental para nos tornarmos uma sociedade sustentável. Ele também frisa a importância de valorizar o coletivo sem perder de vista que cada indivíduo é único, algo bem delineado nas medalhas.” (site:Japan House)

“Já as medalhas das competições paralímpicas, embora compromissadas com os mesmos valores ecológicos, são um pouco diferentes. Sob os cuidados da designer Sakiko Matsumoto, essas peças de ouro, prata e bronze foram elaboradas a partir do conceito de “novos ventos a refrescar o mundo”. No centro das medalhas há um leque que representa a união de atletas independentemente de suas etnias. Como adornos, há desenhos de água, pedras, flores e folhas, que aludem ao ambiente natural do Japão.”(site:Japan House)

Fonte: Site japan House

Da mesma maneira as medalhas das Olimíadas 2016, realizadas no Brasil também tiveram tratamento galvânico de superfície e foram confeccionadas pela Casa da Moeda do Brasil.

A grande lição das moedas confecionadas com materiais reciclados pelos organizadores Japoneses é além da consciência com relação ao meio ambiente, o planejamento e preparo que tiveram para que pudessem realizar todo o processo de coletas, recuperação e confecção das medalhas. Parabéns!

https://www.japanhousesp.com.br/artigo/medalhas-olimpicas/

WILMA AYAKO TAIRA DOS SANTOS

WILMA AYAKO TAIRA DOS SANTOS

Possui graduação de Bacharel em Ciências com Habilitação em Química e Atribuições Tecnológicas pela Faculdade de São Bernardo do Campo (FASB), 1980. É Mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP) - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), 2011. Atua na ABTS - Associação Brasileira de Tratamentos de Superfície desde 1994, foi presidente na gestão 2010-2012, foi coordenadora do EBRATS 2015 - 15º Encontro Brasileiro de Tratamentos de Superfície e IV INTERFINISH Latino Americano, foi Diretora Cultural nas gestões 2004-2006 e 2007-2009, atualmente é vice Diretora Cultural. É consultora técnica e representante comercial.

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